quarta-feira, 2 de novembro de 2011

O homem do metrô.


Tocou o sinal de saída na escola e o pai de Bia já a esperava na porta de sua sala. Ela correu ao seu encontro e se joguo em seus braços rindo e falando várias coisas ao mesmo tempo.
O homem apenas sorriu, acenou para a professora e os demais pais que esperavam seus filhos e, de mãos dadas, saiu da escola com a menina.
Aquele final de manhã foi diferente para Beatriz. O carro de seu pai havia quebrado e eles precisaram pegar o metrô para retornar à sua casa. Foi uma sensação totalmente inédita pra Bia. Ela nunca tinha andado de metrô e enquanto esperavam, ficava imaginando coisas.
Por sorte, eles conseguiram um metrô praticamente vazio. Ambos se sentaram e Bia ia admirando a "paisagem" através das janelas. A menina ficara boquiaberta com a velocidade que iam e com a rapidez com que as coisas lá fora passavam por seus olhos.
Bia tinha ficado tão distraída que nem percebeu quando um homem, com uma sacola plástica, entrou e sentou-se justamente ao seu lado.
Pouco depois, ela ouviu alguém tossindo e voltou a perceber o que estava acontecendo ao seu redor. Bia olhou pra pessoa que tossiu e a examinou do alto da cabeça até a ponta de seus pés. E digo isso de forma literal.
O homem usava um boné qualquer, tinha barbas fartas, roupas velhas e um par de tênis sujo. Ao olhá-lo de forma repentina, Bia até se assustou, mas depois deu uma torcidinha no nariz e abraçou seu pai.
Embora tentasse se distrair com o passeio, Bia não conseguia evitar de olhar o homem. De alguma forma, ele a assustava. Ela percebeu que em determinado momento, o homem abriu a sua sacolinha e tirou uma metade de pão. Aquilo parecia tão pouco, mas o homem olhava para aquele pedaço de pão como se fosse algo maravilhoso. Talvez fosse seu almoço. Quem sabe seria sua única refeição a longo do dia.
Mas grande foi o susto de Bia quando o metrô parou de repente e aquela metade de pão caiu da mão do homem. Mal caiu no chão e as pessoas, ao saírem do metrô, pisaram naquele pão e, por fim, chutaram-no para fora.
Com uma dor em seu pequeno coração, Bia olhou diretamente pro rosto do homem. Uma mistura de tristeza e decepção havia em sua face, os olhos bilhavam como se ele estivesse fazendo força para não chorar.
Sem hesitar, Bia perguntou para seu pai (em voz alta, o que fez o homem até se envergonhar, no princípio) se ela podia dar algo para o homem comer. O pai disse que estava sem dinheiro, mas Bia abriu sua mochila e tirou um grande e delicioso sanduíche.
Ela tocou nas vestes sujas do homem que rapidamente se virou, olhando para a menina. Sem falar sequer uma palavra, a menina estendeu o sanduíche em direção ao homem. Este, por sua vez, olhou para o pai da menina que acenou positivamente com a cabeça.
Então o pobre e velho homem, recebendo o sanduíche das mãos de Bia, passou a mão na cabeça da menina e, saindo do metrô, caminhou em direção às ruas devorando aquele alimento.
Beatriz jamais voltou a ver o homem, mas olhando para o seu pai sorriu. A menina estava feliz pelo que tinha feito; e seu pai, orgulhoso pela nobre atitude de sua pequena filha.

Quem sabe você esteja em situação semelhante a da Bia. Estás "passeando" por essa vida sem se preocupar com quem está ao seu lado. As coisas lá fora parecem tão atraentes que você não percebe muito nas pessoas que estão próximas a ti. Mas quando as percebes, vês que estão famintas e, muitas das vezes, comendo migalhas.
Você que é salvo pela misericórdia e graça de Cristo, por mais que se sinta pequeno e impotente, pode alimentar essas pessoas.
As pessoas estão morrendo! Elas estão faminta por salvaçãos! Você tem o dever de alimentá-las. Apresente-lhes Cristo, o Pão da Vida. Esqueça a aparência dessas pessoas, elas precisam saber que Cristo as ama e morreu para salvar suas vidas.
O alimento (Palavra de Deus) está nas suas mãos. Agora é você que decide: Dar às pessoas ou deixar que elas morram famintas. O que irás fazer pelo HOMEM AO LADO?


Em Cristo, que espera tua nobre atitude de compartilhar o que de graça recebeste
Eliézer Sejač Rodrigues.

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